Depois de ter cantado a glória e a felicidade dos Santos que "gozam  em Deus a serenidade da vida imortal", a Liturgia, desde o início do  século XI, consagra este dia à memória dos fiéis defuntos.
     É uma continuação lógica da festa de Todos os Santos. Se nos  limitássemos a lembrar os nossos irmãos Santos, a Comunhão de todos os  crentes em Cristo não seria perfeita. Quer os fiéis que vivem na glória,  quer os que vivem na purificação, preparando-se para a visão de Deus,  são todos membros de Cristo pelo Batismo. Continuam todos unidos a nós.  A Igreja peregrina não podia, por isso, ao celebrar a Igreja da glória,  esquecer a Igreja que se purifica no Purgatório.
     É certo que a Igreja, todos os dias, na Missa, ao tornar  sacramentalmente presente o Mistério Pascal, lembra "aqueles que nos  precederam com o sinal da fé e dormem agora o sono da paz" (Prece  Eucarística 1). Mas, neste dia, essa recordação é mais profunda e viva.
     O Dia de Fiéis Defuntos não é dia de luto e tristeza. É dia de mais  íntima comunhão com aqueles que "não perdemos, porque simplesmente os  mandámos à frente" (S. Cipriano). É dia de esperança, porque sabemos que  os nossos irmãos ressurgirão em Cristo para uma vida nova. É,  sobretudo, dia de oração, que se revestirá da maior eficácia, se a  unirmos ao Sacrifício de reconciliação, a Missa.
     No Sacrifício da Missa, com efeito, o Sangue de Cristo lavará as  culpas e alcançará a misericórdia de Deus para os nossos irmãos que  adormeceram na paz com Ele, de modo que, acabada a Sua purificação,  sejam admitidos no Seu Reino.
Fonte: Agência Ecclesia
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário