Hoje, 1º de novembro, a Igreja
não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de
todos. Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de todos para a
felicidade eterna.
"Todos os
fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida
cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: 'Deveis ser
perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito' "(Mt 5,48) (CIC 2013).
Sendo assim,
nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo: "Para
que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade?
Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho,
o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há
dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles".
Sabemos que
desde os primeiros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a começar
pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja
convida-nos a contemplarmos os nossos "heróis" da fé, esperança e
caridade. Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo
escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança
daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando
uma "constelação", já que São João viu: "Era uma imensa
multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e
línguas" (Ap 7,9).
Todos estes
combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens,
homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes,
pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um
sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o
Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida destes acabaram
virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais,
perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede,
doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto,
e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os
embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois
"não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos,
sois da Família de Deus" (Ef 2,19).
Neste dia a Mãe
Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: "O apelo à plenitude da
vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos."
"A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada" (CIC 2028).
No Brasil por aprovação da Santa Sé celebramos está Solenidade no domingo após o dia primeiro de novembro.
Todos os santos
de Deus, rogai por nós!
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