Intenção geral
Para que aqueles que
estão desesperados a ponto de desejar o fim da própria vida, sintam a
proximidade amorosa de Deus.
A Intenção Geral deste mês chama a nossa atenção
para um terrível problema, que não é de agora, mas que se tem vindo a agravar
um pouco por toda a parte, e até de um modo muito grave em várias regiões: o
suicídio.
Para isto têm contribuído, para além dos problemas
infelizmente endêmicos, como sejam a fome, as perseguições, os desentendimentos
de grupos de caráter vário, outros que vieram juntar-se, na atual conjuntura
mundial; por exemplo, o dos deslocados e refugiados, que acabam por conduzir as
pessoas a situações de tal desespero que a única porta que se lhes apresenta
para sair delas é atentar contra a própria vida.
Para além das condições mínimas de vida que tanta
gente experimenta, sobretudo nos países mais pobres, acentua-se cada vez mais a
carência de valores morais que impede as pessoas de verem um sentido para a
vida, uma meta para a sua existência.
No caso daqueles que acreditam em Deus, também pode
estar a falsa imagem que têm d'Ele, falsa imagem essa que os leva à persuasão de que Deus não
os ama, que Ele os abandonou à sua sorte, e que se está presente é para os
atormentar e castigar. Uma fé pouco profunda pode de fato levar a esta
conclusão, completamente contrária àquilo que a fé nos ensina, de que é
precisamente nos momentos mais difíceis que Deus está
mais perto de nós, embora não o sintamos.
Como ajudar estas pessoas? Àqueles que não têm fé,
a melhor maneira será mostrar-lhes o amor de Deus, por meio da nossa proximidade e amizade, pela atenção que lhes dispensamos,
sem necessidade de pronunciar a palavra Deus, o que até pode ser
contraproducente.
Para aqueles que acreditam, ainda que a sua fé
nesses momentos esteja um pouco abalada, terá sentido falar-lhes do amor de
Deus e recordar-lhes as palavras de Cristo: «Vinde a Mim todos os que vos
sentis cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei» (Mt 11, 28).
Oremos este mês, juntamente com o Papa, por aqueles
que estão em situações difíceis para que encontrem a luz que só Deus pode dar.
Intenção Missionária
Para que a Jornada
Missionária Mundial nos anime a ser destinatários e anunciadores da Palavra de
Deus.
Como todos os anos, celebramos no penúltimo domingo
de Outubro, que este ano ocorre no dia 20, o Dia Mundial
Missionário. A finalidade desta celebração é a de nos recordar aquilo que nunca deveríamos
esquecer: todos, pelo batismo, somos evangelizadores,
missionários. Este dia não deve ser, portanto, um momento esporádico na nossa vida
cristã, mas só mais uma ocasião para refletirmos na nossa vocação missionária.
E somos todos missionários porque a Igreja é missionária na sua mesma essência, como têm declarado
os Papas, em variadas ocasiões, e esta dimensão missionária da Igreja tem que
estar sempre presente na mente de todos os cristãos. A Igreja existe para
evangelizar. Afirmou, por exemplo, o Papa Paulo VI, na Exortação apostólica Evangelii nuntiandi: «[A proclamação do Evangelho] é para
a Igreja um dever que lhe incumbe, por mandato do Senhor Jesus, a fim de que os
homens possam acreditar e ser salvos». Este mandato missionário que Cristo confiou
aos seus discípulos tem que concretizar-se no empenho de todo o povo de Deus;
deve envolver todas as atividades das Igrejas particulares, todos os seus
sectores, todo o seu ser e agir.
Todos aqueles que se encontraram com Cristo
ressuscitado sentiram a necessidade de anunciá-Lo aos outros, como aconteceu
com os discípulos de Emaús, com Maria Madalena e tantos outros. O mesmo deve
acontecer conosco. Se vivemos a ressurreição, se a fé que ela desperta é uma
verdadeira realidade na nossa vida, havemos de sentir a necessidade imperiosa
de a partilhar. Com efeito, a fé não é um dom (o maior da nossa vida), para
guardar para si, mas para comunicar aos outros, para que também eles a possam
experimentar.
Como diz a Intenção Missionária deste mês, somos,
ao mesmo tempo, destinatários e anunciadores
da Palavra que desperta a fé. Mas só quando esta Palavra Se faz carne dentro de cada um é que pode ser anunciada com verdade. Doutro modo, o anúncio soará a
oco.
Sobretudo ao longo deste mês, deixemo-nos possuir
pela Palavra de Deus, porque só assim é que seremos levados a uma comunicação
mais activa, persuadidos de que a fé se fortalece quando é
comunicada.
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